Diabetes é uma das doenças que cães e pessoas têm em comum. É devido a uma deficiência de insulina que impede o aproveitamento da glicose que entra no corpo, para que ela suba no sangue, o que se manifesta com o aparecimento de sintomas diferentes, como veremos a seguir.
Ao contrário da crença popular, o diabetes não existe apenas em cães mais velhos ou obesos. Neste artigo em nosso site falamos sobre como é a vida de um cão diabético, como aprender a detectar diabetes canina e muito mais.
O que é diabetes em cães?
Diabetes ocorre quando há produção inadequada de insulina. insulina é um hormônio liberado pelo pâncreas e que garante que a glicose que é ingerida através dos alimentos chegue ao interior das células, onde é onde se transforma produzir a energia necessária para um metabolismo correto.
Insulina insuficiente, então a glicose permanece no sangue, causando o que é conhecido como hiperglicemia, que é um nível de glicose mais alto do que o normal é considerado normal. Além do sangue, o excesso de glicose também é detectado na urina. Isso se chama glucosúria
Causas de diabetes em cães
Acredita-se que o aparecimento da diabetes é devido a uma predisposição genética Algumas raças em particular apresentam uma maior tendência a sofrer com ela, como é o caso do golden retriever, do pastor alemão ou do poodle. Mas qualquer cão, puro ou mestiço, pode sofrer com isso. Os dados até o momento falam de uma maior incidência em fêmeas e é mais comum cães entre 6 e 9 anos adoecerem.
Diabetes em cães também pode ocorrer como resultado da pancreatite, que é uma inflamação do pâncreas que pode destruir as células que produzem insulina. Em alguns cães esta destruição é imunomediada.
Por outro lado, pode haver diabetes causado por gravidez, estro, hiperadrenocorticismo ou administração de certos medicamentos. Da mesma forma, obesidade e dieta também são fatores de risco importantes.
Tipos de diabetes em cães
Diabetes em cães podem ser de dois tipos:
- Diabetes tipo 1
- Diabetes tipo 2
Há também diabetes secundário, que é o que pode aparecer, por exemplo, durante a gravidez, ou transitório , como aquele devido ao consumo de algumas drogas. O tipo 1 é a forma mais comum em cães. A destruição das células do pâncreas ocorre, então a f alta de insulina é total.
Sintomas de diabetes em cães
Você tem dúvidas e precisa saber como saber se seu cão tem diabetes? Estes são os sintomas mais comuns que o cuidador de um cão diabético pode detectar:
- Passar Grandes quantidades de urina e mais frequentemente.
- Desidratação.
- Como consequência dos sintomas acima, há um aumento no consumo de água.
- Há também um aumento do apetite porque o cão não consegue usar toda a glicose que ingere. Mas, quando a doença progride e já há desnutrição, ocorre o efeito contrário. Ou seja, o cachorro para de comer.
- Apesar do apetite voraz, há emagrecimento.
- Nos estágios avançados do diabetes, além da anorexia, pode-se detectar letargia, vômito ou fraqueza geral.
- A cegueira por diabetes em cães se destaca, pois é comum que o diabetes cause catarata. Estes evoluem rapidamente e são irreversíveis.
Além desses sinais gerais, os cães diabéticos podem apresentar o que é conhecido como cetoacidose diabética em casos de hiperglicemia grave. É devido à f alta de glicose que faz com que os lipídios sejam metabolizados na tentativa de obter energia. Os sintomas de açúcar elevado no sangue em cães por esse motivo são:
- Fraqueza geral.
- Vômito.
- Respiração rápida.
- Cheiro de acetona, como removedor de esm alte, no hálito.
Estes casos constituem uma emergência veterinária. A vida do cão está em perigo e é essencial ir imediatamente ao veterinário. A cetoacidose tem um prognóstico ruim.
Diagnóstico de diabetes em cães
Se você notou algum dos sintomas mencionados, provavelmente está se perguntando como detectar diabetes em cães. A resposta passa sempre pela consulta do veterinário. Nas análises de amostras de sangue e urina a quantidade de glicose pode ser medida. Níveis elevados permitem o diagnóstico de diabetes. Além disso, aparecerão outras alterações que darão ao profissional mais informações sobre o estado geral do cão.
Tratamento para diabetes em cães
Uma vez confirmado o diagnóstico, é hora de focar em como tratar o diabetes em cães. Os pilares deste tratamento são insulina, controle da dieta e exercícios O estresse também deve ser evitado ao máximo. Não será possível manter a glicose em níveis ideais durante todo o dia, mas é possível atingir os limites que causam menos problemas. Vamos ver com mais detalhes:
Medicação para diabetes canina
A droga estrela para o tratamento da hiperglicemia em cães é a insulina, exatamente a mesma que nas pessoas. Como o problema é devido à f alta desse hormônio, ele pode ser controlado fornecendo-o artificialmente. Existem várias marcas e tipos de insulina, mas o segredo é acertar na dose, pois cada cão terá necessidades particulares. É por isso que o veterinário irá prescrever uma dose inicial e estabelecer controles para estudar sua eficácia e poder ajustá-la até que o efeito desejado seja alcançado. O tratamento com insulina é feito em casa, então o cuidador terá que aprender a injetá-la, seguindo as instruções fornecidas pelo veterinário.
Saiba tudo neste outro artigo: "Insulina para cães - Tipos e doses".
Dieta e controle de peso
A obesidade dificulta a resposta à insulina, por isso é importante que, se o cão diabético tiver alguns quilos a mais, receba uma dieta para recuperar o peso ideal. Da mesma forma, os espécimes que perderam peso terão que consumir uma dieta que permita recuperá-lo. De qualquer forma, é conveniente dar a refeição sempre no mesmo horário e em duas doses para combinar com a medicação e assim melhorar o controle glicêmico.
Atividade física
Prática exercício regular adaptado às condições do cão ajuda a manter os níveis de glicose controlados e a perder ou manter o peso ideal em pessoas com sobrepeso ou obesidade espécimes. Caminhadas e qualquer atividade física devem ser agendadas nos mesmos horários.
Esterilização
Os cães com diabetes devem ser esterilizados para evitar as oscilações que ocorrerão durante o seu ciclo e que influenciem negativamente o efeito da insulina. Esterilizá-los o mais rápido possível facilitará o controle do diabetes. Conheça a esterilização de cães para saber em que consiste a cirurgia, como é a recuperação e muito mais.
Complicações do diabetes em cães
Deve-se levar em conta que uma porcentagem considerável de cães diabéticos também sofre de outras doenças que devem ser tratadas e que podem dificultar o controle do diabetes. Eles também são mais propensos a outros distúrbios, como infecções do trato urinário. De qualquer forma, em geral, os cães diabéticos sofrem menos complicações do que os humanos na mesma situação. Eles vivem menos anos em comparação e o prolongamento da doença ao longo do tempo é o que causa mais complicações. Por outro lado, as catarata se destacam como a complicação mais frequente.
Finalmente, às vezes o cão pode ficar desequilibrado, o que exige ir ao veterinário para ajustar o tratamento e controlar os sintomas que apareceram. É por isso essencial que nos dirijamos à clínica sempre que o nosso cão diabético apresente alguma alteração no seu estado de saúde. Em qualquer caso, é imprescindível comparecer às consultas de acompanhamento prescritas pelo veterinário.
Sinais de alerta em cães diabéticos
Se é sempre importante cumprir os tratamentos prescritos pelo veterinário, neste caso é imprescindível. Um erro que pode acontecer é overdose de insulina, que faz com que a glicose no sangue caia muito abaixo do normal, causando umahipoglicemia Seus sintomas incluem confusão, desorientação, sonolência, tremores, incoordenação, convulsões e até colapso e eventualmente coma.
Detectar qualquer um desses sinais é motivo para ir ao veterinário com urgência. O mesmo se o cão apresentar sintomas compatíveis com açúcar elevado no sangue, como fraqueza, vômitos, respiração acelerada ou cheiro de acetona no hálito. Em geral, qualquer alteração deve ser informada ao profissional, pois pode indicar uma descompensação.
Quanto tempo dura um cão com diabetes?
Um cão diabético bem controlado pode levar uma vida quase normal. O diabetes não tem cura, mas o objetivo do tratamento é proporcionar uma boa qualidade de vida, normalizar sua condição corporal e controlar os sinais clínicos que se manifestam, além de evitar os riscos mais graves da doença, que são hipoglicemia e cetoacidose. Portanto, o prognóstico dependerá de diversos fatores e será melhor quanto mais compensado for o diabetes. O papel do cuidador é fundamental nesse momento, pois é ele quem deve cumprir o tratamento prescrito pelo profissional no domicílio.
Por todos esses motivos, não é possível estabelecer uma expectativa de vida para um cão com diabetes, pois vai depender dos cuidados que recebeAssim, se o seu cão tem diabetes, não hesite em seguir as orientações do veterinário para lhe oferecer a melhor qualidade de vida possível.