Tumor perianal em cães - Tipos, sintomas e tratamento

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Tumor perianal em cães - Tipos, sintomas e tratamento
Tumor perianal em cães - Tipos, sintomas e tratamento
Anonim
Tumor Perianal em Cães - Sintomas e Tratamento
Tumor Perianal em Cães - Sintomas e Tratamento

Os tumores da região perianal em cães podem ser muito comuns, sendo principalmente de três tipos: um benigno chamado adenoma perianal, que principalmente afeta cães machos não castrados; e dois malignos, adenocarcinoma dos sacos anais e adenocarcinoma perianal, com alta probabilidade de metástase e síndrome paraneoplásica com hipercalcemia.

Os sinais clínicos associados são aqueles derivados do crescimento de uma massa em uma área sensível dos cães, que começam a lamber, rastejar e se automutilar, que começa a sangrar, machucar e causar desconforto e infecções secundárias que causam febre e podem fistulizar. O diagnóstico é feito com citologia e biópsia e o tratamento será cirúrgico e clínico. Neste artigo em nosso site abordamos o tema tumor perianal em cães, seus sintomas e tratamento

Tipos de tumores perianais em cães

Na região perianal, estendendo-se entre o ânus e os genitais do cão, podem ocorrer patologias como tumores. É uma área muito bem inervada e irrigada, portanto a dor e a sensibilidade durante a manipulação são muito altas.

Ao longo do ano encontramos duas estruturas:

  • Sacos anais: Divertículos do fundo cego de cada lado do ânus, entre o esfíncter anal externo e interno. Sua função é acumular líquido viscoso e seroso e fétido que é sintetizado pelas glândulas internas e que é eliminado naturalmente durante a defecação em cães. É útil no reconhecimento entre cães e também é liberado em situações estressantes.
  • Glândulas perianais: Também chamadas de glândulas circumanais ou hepatóides, que possuem receptores hormonais (andrógenos, estrogênios e hormônio do crescimento). Eles estão localizados no tecido subcutâneo ao redor do ânus do cão. São glândulas do tipo sebáceo que não secretam conteúdo.

Diferentes tipos de tumores podem aparecer na região perineal, sendo os mais comuns os seguintes:

  • Adenoma perianal: observa-se uma massa na base da cauda ou na região perianal com crescimento progressivo e indolor. Às vezes pode ulcerar. Ocorre mais frequentemente em homens mais velhos não castrados, sendo o tumor mais prevalente neles. No entanto, também é visto em fêmeas, especialmente nas esterilizadas. É um processo benigno.
  • Adenocarcinoma perianal: também é um tumor das glândulas perianais com as mesmas características do anterior, mas maligno e, portanto, com maior agressividade. Pode ser administrado em qualquer idade e em qualquer sexo.
  • Adenocarcinoma do saco anal: Este é o tumor mais comum em fêmeas castradas e não castradas e em cães mais velhos. A hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue) ocorre neste tumor.

Ress alte-se que existe certa predisposição racial para o desenvolvimento de tumores perianais, sendo mais frequente em:

  • Cocker spaniel.
  • Fox terrier.
  • Raças de origem nórdica.
  • Raças grandes, podem estar associadas a tumor testicular.

Sintomas de tumor perianal em cães

Em adenomas perianais, os cães inicialmente não apresentam dor nem sintomas associados. Com o tempo, e se infectarem, podem apresentar febre, mal-estar e anorexia Se o tamanho for muito grande, podem apresentar obstrução colorretal e dor perineal, causando a defecação é um processo muito difícil e doloroso para o cão.

adenocarcinomas perianais são mais agressivos, podendo aparecer sinais clínicos como perda de apetite, dor e letargiaTêm grande probabilidade de produzir hipercalcemia como parte da síndrome paraneoplásica (conjunto de sintomas associados a tumores), bem como sinais clínicos derivados dos danos causados por esse aumento de cálcio nos rins, como síndrome de poliúria/polidipsia (urinar e beber mais do que o habitual).

Em adenocarcinomas dos sacos anais esta síndrome paraneoplásica também pode ocorrer, mas em menor grau (cerca de 25-50 % dos cães).

Em resumo, em tumores perianais os cães podem manifestar o seguinte sintomatologia:

  • Dor perianal.
  • Mau odor na região perianal.
  • Insistente lambida da área.
  • Sangramento tumoral.
  • Arraste da área traseira do cão.
  • Ulceração.
  • Infecções secundárias.
  • Coceira anal.
  • Anorexia.
  • Poliúria.
  • Polidipsia.
  • Letargia.
  • Apatia.
  • Febre.
  • Fístulas.
  • Inapetência.
  • Perda de peso.
  • Obstrução colorretal.
  • Constipação.
  • Hematoquezia (sangue nas fezes).
  • Dor ao defecar (disquezia).
  • Defecação difícil (tenesmo).

Esses tumores têm alta capacidade de metástase, primeiro invadindo os linfonodos regionais (inguinais e pélvicos) e depois os órgãos internos.

Diagnóstico de tumor perianal em cães

Em caso de suspeita de tumor maligno, técnicas de diagnóstico por imagemdevem ser realizadas para procurar metástases, desde os 50 aos 80% dos casos de tumores perianais apresentam metástases no momento do diagnóstico. As técnicas utilizadas são a ultrassonografia abdominal para avaliar os linfonodos e outros órgãos como rins ou fígado, enquanto a radiografia é útil para visualizar os órgãos torácicos, principalmente os pulmões.

No exame de sangue hipercalcemia e danos nos rins podem ser observados em adenocarcinomas.

Tratamento de tumor perianal canino

O tratamento de tumores perianais em cães é remoção cirúrgica. No entanto, dependendo do tipo de tumor e se há ou não metástase, o tratamento pode variar:

  • No caso de adenomas perianais, por estarem tão intimamente relacionados com os hormônios de machos não castrados, devem ser castração para reduzir o risco de recorrências futuras, reduzindo-o em 90%.
  • Quando houver metástases ou tumores malignos, deve ser realizada remoção completa com margens cirúrgicas e tratamento com quimioterapia e radioterapia.
  • Em casos de lesão da função renal e hipercalcemia, o tratamento específico com fluidoterapia e medicamentos deve ser aplicado antes da cirurgia para reduzir o risco anestésico.
  • Quando o tamanho dos linfonodos dificulta a defecação, eles devem ser removidos para facilitar o processo.

Em qualquer caso, é fundamental ir à clínica veterinária para que um especialista possa diagnosticar o tipo de tumor e decidir sobre o melhor tratamento.

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