AZATIOPRINA em cães - Dosagem, usos e efeitos colaterais

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AZATIOPRINA em cães - Dosagem, usos e efeitos colaterais
AZATIOPRINA em cães - Dosagem, usos e efeitos colaterais
Anonim
Azatioprina em Cães - Dosagem, Usos e Efeitos Colaterais
Azatioprina em Cães - Dosagem, Usos e Efeitos Colaterais

Azatioprina é uma droga imunossupressora usada para tratar várias doenças imunomediadas ou autoimunes em cães. Geralmente, não é usado como terapia única, mas é administrado em adição a outros medicamentos imunossupressores. Dada a gravidade de algumas das reações adversas associadas à sua administração, é importante realizar controles periódicos durante o tratamento e retirar o medicamento sempre que forem detectados efeitos adversos graves.

O que é azatioprina?

Azatioprina é um droga imunossupressor potente usado para tratar doenças imunomediadas ou autoimunes. É um análogo sintético da purina, que exerce o seu efeito imunossupressor inibindo a síntese de DNA ao nível dos linfócitos B e T. Desta forma, consegue interromper a divisão das células do sistema imunológico e, assim, modula a resposta imune.

Atualmente, em Espanha nenhum medicamento veterinário contendo azatioprina é comercializado para uso em cães. Por este motivo, quando o seu médico veterinário decidir iniciar um tratamento com azatioprina, deverá recorrer à chamada “receita em cascata”, que consiste em prescrever um medicamento não autorizado para uma espécie animal específica quando existe uma lacuna terapêutica. As formulações orais (comprimidos) são geralmente prescritas e comercializadas para uso em pessoas.

Para que serve a azatioprina em cães?

Azatioprina é usada para tratar doenças imunomediadas ou autoimunes, que são aquelas em que o sistema imunológico ataca ou destrói componentes do corpo reconhecendo-os como estrangeiros.

Geralmente, uma resposta clínica não é observada por 4-8 semanas. Por esse motivo, a azatioprina costuma ser administrada além de outras drogas imunossupressoras (geralmente corticosteroides) que constituem a base do tratamento. Dessa forma, é possível reduzir a dose dos principais medicamentos e, com ela, os efeitos adversos associados às altas doses e seu uso prolongado.

usos de azatioprina em cães

Como explicamos, a azatioprina em cães é usada como droga imunossupressora no tratamento de doenças imunomediadas ou autoimunes. Especificamente, é geralmente prescrito para o tratamento das seguintes patologias imunomediadas em cães:

  • Anemia hemolítica imunomediada
  • trombocitopenia imunomediada
  • Doença Inflamatória Intestinal ou DII
  • Hepatite imunomediada
  • Meningoencefalite imunomediada
  • Artrite reumatóide
  • Lúpus eritematoso
  • Pênfigo foliáceo
  • Miastenia grave

Dose de azatioprina em cães

A dose de azatioprina em cães tende a variar ao longo do tratamento. Especificamente, o protocolo terapêutico para azatioprina em cães é geralmente o seguinte:

  • Inicialmente, uma dose de indução de 1,5-2,5 mg por kg de peso corporal por 24 horas.
  • Uma vez que as lesões desaparecem ou os sintomas são controlados, pode ser administrado em dias alternados.
  • A longo prazo, a dose pode ser reduzida para 0,5-2 mg por kg de peso corporal a cada 72 horas.

Efeitos colaterais da azatioprina em cães

Azatioprina é um fármaco imunossupressor frequentemente utilizado no tratamento de doenças imunomediadas em cães, porém, seu uso não está isento do aparecimento de reações adversas.

Abaixo, coletamos os principais efeitos colaterais da azatioprina em cães:

  • Aplasia medular (mielotoxicidade): desaparecimento do tecido da medula óssea responsável pela produção de células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Como consequência, pode ocorrer anemia (diminuição dos glóbulos vermelhos), leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos) ou trombocitopenia (diminuição das plaquetas).
  • Sinais digestivos: diarréia, vômito e anorexia.
  • Maior suscetibilidade a infecções: seu efeito imunossupressor deixa o organismo mais desprotegido contra patógenos, aumentando assim a incidência de infecções secundárias
  • Toxicidade hepática (hepatotoxicidade): com aumento da enzima ALT (alanina aminotransferase)
  • Pancreatite: com aumento da amilase pancreática e lipase
  • Reações cutâneas.

Dado o potencial mielotóxico e hepatotóxico da azatioprina, recomenda-se realizar controles hematológicos e bioquímicos periódicos No início do tratamento eles deve ser realizada a análise a cada 2-4 semanas, e depois a cada 3 meses. Sempre que uma alteração for detectada nos controles de rotina, o tratamento deve ser interrompido.

Contra-indicações da azatioprina em cães

Existem certas situações em que a administração deste imunossupressor pode ser contraproducente. Especificamente, as contra-indicações para azatioprina são:

  • Alergia à azatioprina, à mercaptopurina (um metabólito da azatioprina) ou a qualquer um dos excipientes contidos no medicamento.
  • Infecções graves.
  • Deficiência grave da função hepática.
  • Deficiência grave da medula óssea.
  • Pancreatite.
  • Gravidez: por ser um composto teratogênico e embriotóxico.
  • Amamentação: uma vez que é excretado com o leite.
  • Vacinação: As vacinas não devem ser administradas durante o tratamento, pois o medicamento pode interferir na eficácia da vacinação.

Além disso, é importante que você informe seu veterinário sobre qualquer outro tratamento que seu cão possa estar recebendo, a fim de evitar os riscos associados a certas interações medicamentosas. Especificamente, a azatioprina pode interagir com:

  • Inibidores da xantina oxidase: como o alopurinol.
  • Anticoagulantes: como a varfarina.
  • Outros imunossupressores: como ciclosporina ou tacrolimus.
  • ACEIs (Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina): como enalapril ou benazepril.
  • Aminossalicilatos: como sulfassalazina.

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