Alguns aspectos relacionados a determinadas capacidades dos animais têm sido objeto de controvérsias e debates no meio científico. Um exemplo disso são os temas relacionados à inteligência, memória e sensações como a dor, que têm aumentado em número de estudos. Os esforços têm se concentrado em descobrir se essas características estão ou não presentes nos animais, bem como como.
Neste artigo em nosso site vamos rever as informações disponíveis sobre a memória dos peixes. Continue lendo para descobrir se peixes têm memória e quais são suas características.
A memória dos peixes
Os peixes são animais vertebrados, o que significa que existem certas características que eles compartilham com todas as espécies que compõem este grupo. Assim, esses animais aquáticos possuem certas características básicas dos vertebrados mais evoluídos. No que diz respeito à memória e aprendizagem, a literatura científica [1] afirma que, sem dúvida, ambos são aspectos presentes nos peixes e de forma comparável a outros mais vertebrados evoluídos.
Além dos vários estudos que foram realizados comprovando essa afirmação, uma forma prática de observar que os peixes têm memória é familiarizá-los com as rotinas de alimentação, ou seja, oferecer-lhes alimentos no mesmo local e no mesmo horário.
Vamos verificar se os peixes respondem vindo naquele exato momento para comer, o que nos leva a pensar que é uma consequência da sua capacidade de memória. Por outro lado, verificou-se em certas espécies de peixes que, se forem apanhados por um anzol do qual conseguem libertar-se, são capazes de reconhecer esta armadilha mais tarde, evitando assim cair novamente nela.
Os peixes possuem um sistema sensorial complexo, como mostram os tubarões, indubitavelmente ligado ao tipo de habitat em que vivem, pois são necessárias estratégias anatômicas e fisiológicas para se desenvolver adequadamente. Os exemplos de memória mencionados permitem especificar que a memória está ligada às habilidades sensoriais Em outras palavras, os peixes coletam informações do ambiente e as usam para criar mapas mentais que permitem que eles se orientem espacialmente, se movam, localizem rotas de fuga de predadores ou se reproduzam.
Esta capacidade de memória foi atribuída ao cérebro, uma estrutura cerebral com diferentes níveis de desenvolvimento dependendo do grupo de vertebrados. Nesse sentido, a pesquisa realizada sobre a memória dos peixes permitiu estabelecer quais aspectos bioquímicos, morfológicos e ecológicos estão ligados a essa capacidade e ao telencéfalo.
Por que se diz que os peixes não têm memória?
Havia uma ideia generalizada e errônea de que os peixes não tinham memória, provavelmente porque esses animais pertencem aos vertebrados mais primitivos da escala evolutiva. Por esta razão, a eles foram atribuídos alguns capacidades cerebrais limitadas, que incluíam a memória.
Mas essa crença, como foi demonstrado, ainda é um mito, que se propagou no imaginário coletivo, como evidenciam as piadas sobre sua inexistência de memória. Hoje, como explicamos, esse mito pode ser refutado graças às evidências fornecidas pela pesquisa científica.
A título de curiosidade, pode-se afirmar que esses animais possuem até um sistema sensorial mais complexo que o dos humanos. Não são poucas as espécies de peixes capazes de perceber estímulos olfativos, visuais, auditivos, partículas dissolvidas na água, como sangue no caso dos tubarões, e frequências eletromagnéticas. Todos esses aspectos possibilitam outra característica presente neles, que é a individualidade de resposta a determinadas situações, por exemplo, o estresse.
Quanto tempo dura a memória de um peixe?
A memória do peixe pode ter diferentes comprimentos, dependendo do evento com o qual está relacionada. Nesse sentido, há referências [1] que indicam que os peixes evitam se aproximar de um anzol por meses se já tiveram uma experiência negativa anterior com ele. Essa abordagem nos leva a outro aspecto importante, que é que a memória nos peixes também está ligada ao aprendizado de determinados comportamentos, neste caso evitando ser vítima de um anzol.
Por otro lado, algunas especies logran reconocer a miembros de su grupo hasta por unos siete días consecutivos y en el caso de individuos de otras especies con los que hayan tenido algún enfrentamiento se afirma que los recuerdan hasta por três meses.
Também foi demonstrado que os peixes são capazes de se lembrar de estímulos negativos experimentados em uma determinada área, então evitam se aproximar dela. Além disso, em algumas espécies observou-se que se um peixe vir dois outros de frente um para o outro, evitará aproximar-se do vencedor. Todos esses aspectos estão, sem dúvida, ligados à memória de curto e longo prazo presente nesses cordados.
Em conclusão, esses tipos de estudos, como aqueles relacionados à capacidade de sentir dor, são importantes para promover o respeito que deve ser demonstrado a todos os animais, não tanto por sua semelhança com humanos em alguns traços, mas sim pelas características intrínsecas de sua espécie que os definem como seres vivos.