Neste artigo em nosso site vamos falar sobre a lipidose hepática felina, uma doença grave que pode afetar nosso gato, sobre especialmente se você estiver acima do peso ou sofrer de qualquer outra patologia, como diabetes.
Veremos que a lipidose pode ser primária ou secundária, identificaremos os sintomas que produz e explicaremos em que consiste o seu tratamento. O diagnóstico precoce permitirá o estabelecimento rápido de apoio veterinário e melhorará o prognóstico de uma doença que pode ser fatal.
O que é lipidose hepática felina?
Lipidose hepática felina, também conhecida como síndrome do fígado gordo felino, consiste precisamente no acúmulo de gordura no fígado e isso pode ocorrem de forma primária ou secundária, que podemos caracterizar da seguinte forma:
- Lipidose hepática primária ou idiopática: nestes casos o acúmulo é causado por alguma falha no metabolismo cuja causa é desconhecida. Gatos obesos que passam por um período de jejum prolongado, como pode ser desencadeado pelo estresse, são conhecidos por serem propensos a isso.
- Lipidose hepática secundária: ocorre na maioria dos casos. Os gatos com este tipo de lipidose sofrem de uma doença que os predispõe ao acúmulo de gordura, ou seja, a lipidose ocorrerá como resultado de patologias anteriores como diabetes, doenças infecciosas, hipotireoidismo, pancreatite ou doença inflamatória intestinal.
Sintomas de lipidose hepática felina
Que nosso gato pare de comer deve sempre nos colocar em alerta. Em casos de lipidose, além disso, o gato perderá peso e perderá massa muscular. Também podemos observar vômitos, diarreia, apatia, desidratação e sintomas derivados de danos no fígado, como icterícia, ou seja, a coloração amarelada que suas mucosas podem apresentar.
Às vezes o mau funcionamento do fígado, órgão que desempenha funções importantes no metabolismo, faz com que se acumulem substâncias tóxicas que acabam afetando o gato, causando sintomas neurológicos Estes podem levar ao coma e morte. Além disso, se a lipidose for secundária a outra doença, o gato apresentará os sintomas que ela causa.
É importante estabelecer o diagnóstico diferenciando se estamos lidando com uma lipidose primária ou secundária, pois, no segundo caso, devemos também tratar a doença inicial. Em geral, em um exame de sangue encontramos parâmetros elevados relacionados à função hepática. À palpação, é possível notar o fígado aumentado.
Existe cura para a lipidose hepática felina?
Para o tratamento da lipidose em gatos, além de tratar a patologia inicial, se houver, alimentação e hidratação são básicas. Como dissemos, o gato rejeitará a comida, o que agravará a condição. Como não podemos forçar o animal a comer, recomenda-se alimentação por sonda, em locais diferentes, que deverão ser colocados pelo nosso veterinário.
A princípio o gato terá que permanecer internado, mas é recomendado que retorne logo para casa, pois o estresse que esses animais costumam sentir na clínica não favorece sua recuperação. Se o nosso gato tiver que ter um cateter em casa, o veterinário explicará o seu manuseio. Mais tarde, podemos começar a oferecer alimentos sólidos, várias vezes ao dia em pequenas porções até sua recuperação. Desta forma, vemos como a lipidose hepática felina tem cura, desde que diagnosticada precocemente.
Recuperação e prevenção da lipidose hepática felina
É verdade que a lipidose pode causar a morte do gato, mas com tratamento precoce as chances de recuperação são altas. Gatos que superam a doença não precisam apresentar sequelas ou recaídas. Como prevenção da lipidose, além de verificar nosso gato pelo menos uma vez por ano para detectar precocemente qualquer doença que possa levar ao acúmulo de gordura no fígado e tratá-la adequadamente, devemos tentar manter sempre com um peso adequado, para o qual é importante que lhe ofereçamos uma alimentação equilibrada e ajustada às suas necessidades. Veja o artigo a seguir para saber mais sobre este ponto: "Como prevenir a obesidade em gatos."
Além disso, é uma boa ideia mantê-lo no que é conhecido como ambiente enriquecido, com oportunidades de exercício e suficiente atividade, uma vez que o estresse é outro dos fatores envolvidos no aparecimento da lipidose hepática em gatos. Também é aconselhável evitar dietas ricas em gorduras ou carboidratos.