Os peixes são animais vertebrados aquáticos que respiram por brânquias Esses animais podem ser divididos em três grandes grupos: agnathus ou peixes sem mandíbula, condrichthyes ou peixes cartilaginosos e osteíctios ou peixes ósseos. Todos bebem água da qual captam oxigênio para poder respirar, com exceção dos peixes pulmonados, que respiram ar e existem apenas seis espécies.
Se os peixes retiram oxigênio da água, por que alguns vivem em água doce e outros em água salgada? e o que aconteceria se um peixe de água doce fosse colocado no mar?
Neste artigo em nosso site vamos falar sobre a respiração dos peixes, analisando como o oxigênio se comporta dependendo do ambiente e por que um peixe de água doce não pode viver em água salgada.
Respiração dos peixes
Cada grupo de peixes tem uma forma diferente de brânquias e maneira de respirar.
Brânquias e respiração em lampreias e peixes-bruxa (peixes agnados)
- Hagfish: apresentam bolsas ou sacos branquiais no Parte superior do corpo. O que se observa é que a água entra pela boca, passa pelos sacos branquiais e sai pela abertura ou aberturas branquiais, que estão localizadas na lateral do animal.
- Lampreias: se não estão se alimentando, respiram como peixes-bruxa. No caso da alimentação, por serem parasitas aderem a outro peixe, e neste caso têm respiração concomitante, a água entra e sai pelo mesmo orifício das brânquias.
Brânquias e ventilação em peixes teleósteos (peixes osteichthyan)
A cavidade oral se comunica com o exterior tanto pela boca quanto pela cavidade opercular, é onde estão localizadas as brânquias.
Têm quatro arcos branquiais e de cada arco branquial emergirão dois grupos de filamentos branquiais, dispostos em forma de V. Esses filamentos se sobrepõem aos dos arcos branquiais vizinhos e formam uma peneira de espécies
Cada um dos filamentos terá projeções perpendiculares chamadas lamelas secundárias, é aqui que ocorre orespiratório troca , têm um epitélio fino e são altamente vascularizados. O fluxo de água passa pelas lamelas em uma direção e o sangue segue em outra direção, é aí que ocorrem as trocas gasosas (entrada o oxigênio e sai o dióxido de carbono).
Estes peixes possuem uma bomba de pressão oral e uma bomba de sucção opercular, o que significa que, por um lado, será gerada pressão na cavidade oral que empurrará a água em direção à cavidade opercular, e também na cavidade opercular, a pressão cai tanto que suga a água da cavidade oral.
Brânquias e ventilação em elasmobrânquios (peixes condrichthyes)
A água entra pela boca e pelos espiráculos (narinas nas laterais da cabeça). São peixes muito ativos, nadam de boca aberta, o que faz com que muita água entre com muita pressão devido à sua velocidade e é isso que provoca a entrada na cavidade opercular, onde o ocorre a troca gasosaAqui o sistema de ventilação é um pouco diferente, pois não possuem as duas bombas. A desvantagem destes é que eles gastam mais energia do que no caso anterior e devem estar sempre em movimento.
Por que um peixe de água doce não pode viver em água salgada?
A primeira coisa que devemos ter em mente é que todos os seres vivos procuram manter a homeostase, o que os ajuda a manter o equilíbrio químico interno.
Cada animal é adaptado ao seu ambiente, por isso um peixe de água salgada precisa da concentração exata de oxigênio encontrada nesta água e a concentração certa de sais. E se colocarmos um peixe marinho em água doce? A água doce possui maior concentração de oxigênio e menor concentração de sais, o que modificaria sua homeostase causando acidose sanguínea devido à maior produção de dióxido de carbono e acúmulo de sais, causando a morte do animal. E se um peixe de água doce fosse colocado no mar, aconteceria o contrário, a concentração de oxigênio é menor e a de sais é maior, então ele não conseguiria manter suas funções vitais.
Seres vivos que podem viver em água doce e salgada
Apesar de tudo isso, alguns peixes, ao longo da vida, passam de um meio salgado para um doce, como é o caso do salmão ou da enguia. Esses animais desenvolveram mecanismos para manter a homeostase do corpo apesar das mudanças.
A pele destes peixes é muito pouco permeável, para evitar a perda de água. Quando vão do mar para o rio aumentam a produção de urina e diminuem quando vão do rio para o mar. Além disso, bebem água quando entram no mar e param de beber no rio, para liberar ou não sair pelas brânquias.
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