As medusas são, sem dúvida, animais maravilhosos com características que os tornam únicos no mundo animal. Pertencem ao filo Cnidaria e sua principal característica é o corpo gelatinoso, em forma de sino e com uma única cavidade corporal, de cuja extremidade inferior saem tentáculos que possuem células especializadas chamadas cnidócitos, que são urticantes e fornecem proteção contra possíveis predadores…Esses animais caracterizam-se por apresentarem duas fases durante seu desenvolvimento, uma das quais está aderida ao substrato, o pólipo, e a outra é de vida livre, denominada medusa.
Você já se perguntou como nascem as águas-vivas? Se sim, continue lendo este artigo em nosso site, onde contaremos tudo sobre o ciclo de vida das águas-vivas e seu desenvolvimento.
As águas-vivas põem ovos?
Em geral, todas as espécies de medusas possuem sexos separados, ou seja, são dióicas e liberam seus gametas na água do mar ao se reproduzir sexualmente. Uma vez liberada, ocorre a fecundação, onde o espermatozoide irá fertilizar os óvulos e estes serão os óvulos que a fêmea cuidará entre seus tentáculos para incubá-los, por isso medusas são consideradas ovíparas
Porém, existem espécies onde o mesmo indivíduo tem ambos os sexos, ou seja, são hermafroditas , então eles mesmos liberam os dois tipos de gametas para o exterior, sem a intervenção de outro indivíduo. Descubra todos os detalhes neste artigo sobre a reprodução de medusas.
Por outro lado, esses animais podem se reproduzir assexuadamente, por meio da estrobilação, processo que explicaremos mais adiante, e através do qual se formam brotos a partir dos quais nascerão pequenas medusas.
Como veremos, as medusas apresentam alternância de gerações, podendo apresentar duas fases durante seu ciclo biológico, uma como pólipo e outra como medusa. Em suma, o nascimento da água-viva é um processo fascinante porque não existe um modelo único.
Como nascem as águas-vivas?
O ciclo reprodutivo das águas-vivas é caracterizado pela alternância de gerações. Isso significa que, por um lado, existem pólipos sésseis com reprodução assexuada e, por outro lado, medusas de vida livre e pelágicas com reprodução sexuada. A seguir, veremos com mais detalhes.
Ovos de água-viva são chocados entre os tentáculos da mãe. Após seu desenvolvimento, nasce uma larva chamada plânula Esta larva, quando está pronta para se tornar independente, flutua para longe de sua mãe flutuando livremente. Após alguns dias, desce até encontrar um local para aderir ao fundo do mar, e é neste momento que passa a ser conhecido como pólipo nesta fase que a metamorfose e sua forma mudam, tornando-se ciliadas e em forma de taça com uma ventosa que permite aderir ao fundo do mar.
Durante a fase de pólipo, a água-viva se parece com uma anêmona do mar. O pólipo alimenta-se de plâncton à medida que amadurece lentamente. Mais tarde, quando chega a hora, o pólipo se reproduz assexuadamente, formando uma colônia de pequenos pólipos, que surgem do tronco do genitor. Novos membros da colônia desenvolvem tubos através dos quais podem se alimentar. Esta fase será mantida dependendo das condições de seu ambiente, pois pode durar de dias a vários anos se as condições não forem favoráveis. Então, a próxima fase de desenvolvimento consiste na dissolução da colônia e é quando centenas a milhares de medusa em miniatura, ou seja, os filhotes da água-viva.
Quantos bebês a água-viva pode ter?
Dependendo da espécie, as águas-vivas são capazes de botar centenas de ovos, dos quais surgirão pequenas larvas planulares. Como explicamos, sua vida começa entre os tentáculos de sua mãe e depois começa a nadar livremente até encontrar um lugar para se estabelecer. O pólipo se alimentará e se transformará em uma água-viva adulta. O número de descendentes não está definido e, como dissemos, eles podem colocar centenas de ovos, algumas espécies estudadas põem perto de 500, embora apenas uma pequena porcentagem consiga se desenvolver.
Nascimento de água-viva por tipo
Esses animais maravilhosos e únicos, como mencionado acima, são classificados dentro do filo Cnidaria. Caracterizam-se por terem células urticantes chamadas cnidócitos, o que lhes permite defender-se contra predadores ou se forem perturbados. No caso das águas-vivas, diferentemente de outras espécies, os cnidócitos são encontrados em seus tentáculos, o que lhes permite matar suas presas antes de serem digeridas.
O termo medusa é usado para se referir a centenas de espécies que por sua vez são classificadas em três grandes classes, todas com formas de pólipos e água-viva, embora com algumas diferenças quanto ao seu nascimento. A seguir, mostramos essas particularidades em relação ao seu nascimento, mas se você quiser saber mais sobre os tipos de medusas, não perca este outro artigo.
Hydromedusae ou hidrozoários
Esta classe é composta por espécies de água doce e marinha e tem alternância de gerações, onde há pólipos assexuados e bentônicos e, por outro lado, medusa planctônica e sexual Em muitas espécies é comum que os pólipos formem uma colônia onde alguns indivíduos podem se desenvolver tanto sexualmente quanto assexuadamente. Além disso, toda a colônia é coberta por um exoesqueleto feito de quitina.
Ao contrário das outras classes, as hidromedusas se diferenciam por possuírem uma mesogléia, que é uma estrutura formada por uma massa gelatinosa que separa as camadas do epitélio e é desprovida de células vivas, por isso que geralmente é feita de colágeno. Por outro lado, não possuem cnidócitos na pele do estômago, ou seja, na gastroderme, mas estão presentes nos tentáculos, que possuem um poderoso veneno.
Essas espécies formam colônias onde cada hidróide cumpre uma função específica, então você pode encontrar os responsáveis pela digestão, chamados gastrozóides, e aqueles que ficarão encarregados de defender a colônia, chamados dactilozóides e são encontrados nos tentáculos, e os gonozoides, responsáveis pelas funções reprodutivas. Um detalhe particular é que cada gonozoide produz pólipos assexuados que formam colônias sésseis, que se transformarão em medusas sexuais.
Scyphomedusae ou scyphozoa
Representantes desta classe são os mais conhecidos e estão imediatamente associados ao nome de água-viva. Aqui estão as espécies maiores, como a Cyanea capillata, que pode chegar a quase três metros de comprimento incluindo seus tentáculos, além de medusas muito pequenas que mal chegam a 2 cm de comprimento.
Esta classe é caracterizada por ter o estágio de pólipo muito curto, por isso passam a maior parte de sua vida na fase de água-viva. Eles se reproduzem sexualmente produzindo ovos, a partir dos quais uma larva de plânula se desenvolverá. A larva cresce até estar pronta para a estrobilação ocorrer, mas o que exatamente é isso? A estrobilação é o processo pelo qual, através da fissão transversal, são originadas pequenas medusas chamadas éfiras, que crescerão até se tornarem medusas adultas.
A fissão transversal dessas águas-vivas consiste na divisão de uma espécie de discos sobrepostos, todos com o mesmo DNA. É um tipo de reprodução assexuada, portanto, cada disco liberado é uma éfira que, em um curto período de tempo, se transformará em uma pequena água-viva que crescerá até atingir a fase adulta, quando seu ciclo biológico se completa.
Cubomedusas ou cubozoos
Classe formada por espécies distribuídas nas Filipinas, Austrália e outras regiões tropicais. Também são conhecidas como vespas do mar, nome que deriva do perigoso veneno presente em seus tentáculos, que é injetado através dos nematocistos de seus tentáculos, estrutura que, como um arpão, inocula a toxina em sua presa.
São caracterizadas por apresentarem um véu, estrutura que se assemelha ao véu presente nas hidromedusas. Nas hidromedusas, o véu é uma dobra de tecido localizada abaixo da umbela (estrutura onde a boca está localizada abaixo, é côncava e lhe dá a forma de um sino) que separa a parte interna da externa. No caso das águas-vivas, a esteira é uma estrutura que intervém na digestão.
Além disso, as medusas de caixa possuem rhopals, órgãos sensoriais que atuam como olhos que permitem que elas se orientem graças à presença de fotorreceptores nelas. Eles são em forma de cubo, daí o nome de sua classe, e uma cor azul muito característica. Nesta classe estrobilação não ocorre durante a reprodução, e através de estudos sabe-se que algumas espécies podem copular e que apenas uma água-viva emerge de cada pólipo após a metamorfose.
